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O movimento Novembro Azul teve início em 2003 na Austrália. É uma campanha mundial focada na prevenção e diagnóstico precoce de doenças que afetam a saúde masculina. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e o Ministério da Saúde reforçam a importância de cuidar da saúde do homem, especialmente no que diz respeito ao câncer de próstata, a segunda causa de morte por câncer entre homens no mundo.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Estima-se que, para o triênio de 2023 a 2025, surgirão 71.730 novos casos da doença. Este cenário alerta para a necessidade de atenção especial e ações de prevenção.
A idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata, com a maior incidência em homens a partir dos 60 anos. Outros fatores incluem:
• Histórico familiar de câncer de próstata antes dos 60 anos.
• Obesidade, que está associada a tipos mais avançados da doença.
• Exposição a agentes químicos no ambiente de trabalho, responsável por 1% dos casos.
O INCA orienta que os homens estejam sempre atentos a anormalidades no corpo e busquem orientação médica para um diagnóstico precoce. Embora não haja recomendações para rastreamento regular do câncer de próstata devido ao balanço desfavorável entre riscos e benefícios, a decisão sobre a realização de exames deve ser discutida com um profissional de saúde.
Os principais exames utilizados para investigar o câncer de próstata são:
• PSA (Antígeno Prostático Específico): o exame mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata no sangue. Níveis alterados podem indicar problemas na próstata;
• Toque Retal: Esse exame avalia o tamanho, volume e textura da próstata.
Esses exames são fundamentais quando existe a suspeita de câncer e devem ser realizados com a orientação médica adequada.
Para reduzir o risco da doença, é essencial manter um peso corporal saudável e adotar hábitos de vida saudáveis, como:
• Praticar atividades físicas regularmente;
• Ter uma alimentação equilibrada;
• Evitar o consumo excessivo de álcool e o tabagismo.
O câncer de próstata, além de exigir tratamento médico especializado, impacta diretamente na saúde geral do paciente. O nutricionista é responsável por elaborar uma avaliação detalhada do estado nutricional, contribuindo para melhoria da qualidade de vida.
“Essa abordagem não só melhora a saúde física, mas também traz benefícios emocionais, ajudando o paciente a se sentir mais disposto e confiante”, destaca o nutricionista e conselheiro do Conselho Regional de Nutrição da 1ª Região (CRN-1), Leandro Rodrigues da Cunha.
Leandro também orienta sobre a importância de evitar alimentos ultraprocessados e excessivamente açucarados, que podem contribuir para a obesidade, um fator de risco significativo.
A dieta também pode ser um fator de proteção contra o câncer. A inclusão de alimentos antioxidantes, podem auxiliar na prevenção de neoplasias. O consumo desses alimentos deve ser regular e o nutricionista é o profissional indicado para elaborar uma prescrição dietética individualizada.
“O paciente deve priorizar uma dieta rica em grãos integrais, vegetais e frutas, utilizando alimentos orgânicos sempre que possível. Para a prevenção do câncer, os alimentos à base de plantas devem constituir uma parte importante da dieta. Grãos integrais, vegetais, frutas e leguminosas como feijão ou lentilha, fornecem muitos nutrientes essenciais e fibras alimentares”, destaca Leandro.
O profissional também apresenta outras dicas:
Limitar o consumo de “fast food” e ultraprocessados
Alimentos que são geralmente saborosos, prontamente disponíveis e acessíveis. Contêm mais calorias, mas menos micronutrientes do que os alimentos não processados. Assim, facilitam o consumo excessivo de energia em relação ao gasto energético que, por sua vez, leva facilmente ao ganho de peso e ao excesso de peso.
Limitar o consumo de carne vermelha e processada
O ideal seria não exceder 350-500 g (peso cozido) de carne vermelha por semana. A carne vermelha inclui carne bovina, suína, cordeiro e carneiro. Carne processada – por exemplo, presunto, bacon, salame e salsichas – deve ser consumida o mínimo possível. Isto não significa que é melhor evitar completamente a carne, pois esse alimento é rico em micronutrientes como vitamina B12, ferro e zinco. É também uma valiosa fonte de proteína com alta biodisponibilidade.
Por outro lado, o consumo excessivo de carne vermelha parece aumentar o risco de cancro colorretal e outras doenças como aumento do colesterol, pressão arterial e outras doenças cardiovasculares. Peixes, aves, ovos e laticínios são outras fontes valiosas de proteínas e micronutrientes. Como substitutos da carne, podem completar uma dieta diária saudável e rica em vegetais.
Entender a importância da nutrição é fundamental não apenas para aquelas que já enfrentam a doença, mas também para todas as mulheres que desejam prevenir o câncer de mama. Investir em uma alimentação saudável e equilibrada é um passo crucial para cuidar da saúde no longo prazo.
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