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Entre a população acima de 18 anos que reside nas 27 capitais brasileiras, 51% está acima do peso. Em relação à obesidade, o índice é de 17%. Estes são dados da pesquisa divulgada na última terça-feira pelo Ministério da Saúde e noticiada pelos principais veículos de comunicação.
A pesquisa é feita desde 2006 e pela primeira vez o percentual de maiores de 18 anos com excesso de peso supera 50%. Em 2006, 43% dessas pessoas estavam com sobrepeso.
Essa tendência de crescimento ou mostra que todos nós assumimos o tema do excesso de peso como grave para a saúde publica, ou chegaremos muito rapidamente aos patamares de países como o Chile e os Estado Unidos, disse à Agência Brasil o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na terça-feira.
Entre especialistas, o crescimento do sobrepeso é resultado de um conjunto de fatores, em especial as mudanças nos padrões alimentares no Brasil nos últimos tempos, com o consumo de feijão e arroz diminuindo e o de alimentos ultraprocessados aumentando.
Os dados da pesquisa mostram tendência maior de sobrepeso entre as pessoas de menor escolaridade. No grupo de até 8 anos de estudo, o índice é 57,3%. Entre 9 e 11 anos de estudo, o percentual cai para 46,7%. Essa é uma tendência mundial e que tem sido alvo de preocupação, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
A pesquisa fornece informações sobre os hábitos da população em relação à alimentação, práticas de atividade física, tabagismo, consumo de álcool e existência de doenças como diabetes e hipertensão. As informações são usadas para elaborar programas de prevenção de doenças e ações para melhorar a qualidade de vida da população.
Em suas proposições, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) atribui o excesso de peso a um conjunto de múltiplos fatores. Alguns desses fatores são a deterioração dos hábitos alimentares, as dificuldades de acesso – tanto físico como econômico – a alimentos saudáveis, o sedentarismo, a baixa escolaridade e a influência da mídia sobre os hábitos alimentares de crianças, entre outros aspectos.
Em suas instâncias, como as conferências nacionais, o Consea tem sugerido iniciativas voltadas para a alimentação saudável (produção, acesso e consumo); educação alimentar e nutricional em ambientes como escola, família e trabalho; e regulação da publicidade alimentos para crianças, entre outras ações.
Para os conselheiros, um documento que atende a boa parte dessas proposições e que precisa ser colocado em prática é o Plano Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade, elaborado pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), com a participação do Conselho.
A pesquisa divulgada na terça-feira passada pelo Ministério da Saúde é intitulada Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – Vigitel 2012. A enquete foi feita por telefone e ouviu 45 mil pessoas, maiores de 18 anos, moradores de 27 capitais brasileiras.
Clique aqui para obter dados da pesquisa.
Fonte: Ascom/Consea
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